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quinta-feira, 7 de julho de 2016

SALDANHA DA GAMA - Minha segunda casa




Voltando um pouco no tempo, me lembro que inicialmente fui inscrito na natação no famoso "Aprende a Nadar" do Clube de Regatas Saldanha da Gama, clube que depois se tornaria a minha segunda casa, parte integrante da minha história e da de muitos amigos que construímos durante toda a infância e adolescência.
O Saldanha sempre foi muito rigoroso com o aprendizado e a evolução de seus alunos e atletas.
O "Aprende a Nadar", nos idos do início dos anos setenta, eram da responsabilidade de dois professores. A Suzana, que cuidava das meninas, e o Júnior ( José Luiz da Silva Júnior ), que cuidava dos garotos.

A Suzana era filha do Zequinha ( José do Carmo Neves ), um mito da natação santista, descobridor e formador de vários talentos daquela geração. Zequinha, já falecido, emprestou seu nome para inúmeros torneios Brasil afora, tamanha sua importância para a natação brasileira.
Eu tinha seis ou sete anos.

Lembro da minha primeira aula, JURO.
E a água da piscina era gelada.
O professor me perguntou se eu sabia nadar e pediu para eu nadar naquela "interminável" piscina de 16 metros, que carinhosamente depois chamaríamos de "piscininha", que ficava na parte mais próxima ao vizinho Vasco da Gama.

Foi a primeira bronca que eu tomei de milhares em minha carreira esportiva.
Eu nadava com a cabeça pra fora da água, e ele falava que eu tinha que enfiar a cabeça na água.
As aulas eram básicas
A gente ia e voltava de um lado pro outro da piscina e na hora de bater perna, cada um segurava na borda da piscina e ficava batendo perna e respirando enfiando a cabeça na água.

Depois do "Aprende a Nadar", tinha o "Aperfeiçoamento", com o Roberto Rotundo Guerra.
Para passar para o Aperfeiçoamento, que era na piscina de 25 metros que ilustra esse texto, éramos obrigados a nadar 50 metros em menos de 1min30segundos e depois de, no mínimo, seis meses na piscininha.

E a água era gelada.

Depois do "Aperfeiçoamento", tinham as "Equipes A e B". A Equipe B ficava à cargo do Ícaro de Barros e a A com o Zequinha.
Para passar do Aperfeiçoamento para as Equipes, éramos obrigados a os quatro estilos.
E o Clube fazia um torneio somente para isso. Todos ganhávamos medalhas e comigo não foi diferente. E eu guardo minha primeira medalha até hoje.
Fiquei alguns meses no Aperfeiçoamento. 

Algum tempo com o Guerra e depois novamente com o Júnior.
Zequinha havia saído do Saldanha, convidado pelo Santa Cecília. 
Tudo mudou. Ícaro foi pra A, o Guerra pra B, o Junior subiu pro Aperfeiçoamento.

Logo eu comecei a fazer parte da equipe de competições do Saldanha, com menos de nove anos de idade. E fui aprender a nadar os quatro estilos com o Guerra, meu amigo de toda uma vida, que me ensinou mais do que nadar. Acho que todo treinador de um atleta se torna uma espécie de segundo pai, confidente, a pessoa o qual depositamos todos os nossos sonhos e anseios. O Guerra sempre foi querido por todos, sem exceção, penso eu.
Comigo não foi diferente.


Mamãe, dona Lourdes, levava todos os santos dias eu e minha irmã para a natação às 5 da manhã, no máximo 5h30.
A maninha logo desistiu.
Cinco dias por semana, durante o ano inteiro, SEM FÉRIAS.

A piscina, do falecido Saldanha da Gama, NÃO tinha aquecedores. Não tinha dosadores de cloro. 
Era na raça.
Mamãe ficava ali sentada na arquibancada com tantas outras mães. Lembro muito dela com a mãe do Célio e do Celso Hata. E com a dona Geni, mãe do Fábio e da Débora Sesti. Ficavam tricotando, literalmente, e conversando aguardando nós terminarmos de ir e vir naquela piscina, sem hora pra acabar.
E era gelada.

O zelador do clube, carinhosamente apelidado de "Baianinho", media o PH da água, buscava um galão gigantesco e despencava cloro na piscina até Deus dizer chega.
E era gelada.
Às seis da manhã, no inverno e no verão, era gelada. E tinha treino.
Às quatro da tarde, no inverno e no verão, era gelada. E tinha treino.
E tinha treino aos sábados.


E nossos treinadores, como aquecimento, faziam a equipe inteira correr do clube até o Canal 6, às vezes até o 5 ou o 4, e ia de moto pela avenida controlando quem "roubava" na distância.
Na água, normalmente, só pra aquecer a metragem já chegava em mil metros.
E quem nadasse provas de velocidade tinha um treino.
E quem nadasse provas de fundo tinha o MESMO treino.
E era gelada.
E enquanto a gente fazia o item H do treino do Guerra, com vários sub itens colocados entre colchetes e parênteses ( que normalmente dava entre 2 e 3 mil só esse item ), ele ficava preenchendo manualmente as fichas de inscrição individual de alguma competição que estava por vir, lá na casinha ao lado da piscina.
E quem roubasse, ele sabia. Não era possível, mas ele sabia. Acho que foi ele quem inventou as câmeras de segurança, já naquela época.
Era impossível que ele soubesse que a gente roubava 200 metros em uma série de 3 mil, mas ele sabia.
Hoje somos muito amigos. Mas todos odiavam ele naquela época. (brincadeirinha... o Guerra foi um dos grandes treinadores do Saldanha ..depois vou acrescentar aqui sobre todos ).


E as pranchinhas que a galera usava para bater perna eram de madeira, muito diferentes dessas de EVA levinhas que existem hoje. Eram enormes e pesadas, e ficavam todas fincadas em um cano na altura certa para cada um pegar a sua.
É, tinha um buraquinho no alto da PRANCHINHA pra guardar ela.

Naquela época, treinador não pegava material para atleta.
Todos os SANTOS DIAS, ouvíamos a mesmíssima frase deles:
- Peguem todo o material ( palmares, boias, pranchinhas ).
No clube só existia a pranchinha.
Boia e palmares, cada um tinha o seu.
E não existiam fábricas de material esportivo como hoje.

As boinhas eram dois cilindros de isopor, unidas por um garrote igual aqueles de amarrar o braço pra levar injeção. E aquilo assava a perna.
E a água era gelada. Ardia as assaduras.
Os palmares ? A gente ia nas oficinas de bairro que trabalhavam com acrílico e pedíamos pedaços que iam pro lixo. Levávamos pra casa, cortávamos o retângulo do tamanho da mão, fazíamos quatro furos com faca quente pra passar o mesmo garrote das boinhas e fixávamos com nós.
E éramos TODOS muito mais felizes do que hoje.
E a água era gelada, muito gelada.

E a gente fazia 60x100 pra nadar e descansar em 1'30 com 5 minutos de descanso a cada 20 tiros.
E tinha 40x25 com corrida ( e todo mundo queria nadar na raia 1 ou 8 ). E não podia subir pela escadinha.
E a água era gelada.
E a gente depois de crescer um pouco ia de ônibus pro clube. E o ônibus parava longe. E a gente pegava carona pra economizar o dinheiro do busão pra comer lanche na escola.
Cheguei até a pegar carona uma vez com o Pelé, o rei do futebol. JURO. Todo mundo sabe dessa história. Ganhei uma medalha dele, dos mil gols. Só foram feitas mil. Alguém me roubou essa medalha em casa. E eu sei quem foi. Mas até hoje não cobrei, achei melhor deixar pra lá.

Depois, com menos de doze anos, passei para a Equipe A


Aquilo me assustava muito. Todo mundo nadava demais no Saldanha.
Poucos talvez me conheçam, porque eu fiz parte justamente de uma geração intermediária entre a de grandes nomes como Célio Hata, Luiz Aragão dos Santos ( já falecido ), Ricardo Peres, Sidney de Freitas Rodrigues, Ricardo Polito, Miguel Naveira, Marcos Fuschini, Milton Guerra, Sonia e Simone Lima, Cláudia Viviani, as irmãs Lorenz e tantos outros e uma outra geração que veio depois com nomes expressivos como José Ricardo Pereira Dutra, Fernando Cesar Pedrinho, Luiz Eduardo Junqueira, Faissal Murad, Carlos e Eduardo Moreira Peres e suas irmãs Roberta e Cláudia, Claudinho e Marcelo Mauriz, Fernando Coelho e seu irmão Cleber,  e tantos outros igualmente.
Nadei com muita gente naquela piscina.
Muitos treinadores.
Ícaro saiu, convidado pelo Pinheiros. Subiu a serra. 
Veio o Tarcílio Padovani, veio o Carlos Fuschini, o Neno, o grande Moacyr Rebello dos Santos E a galera da equipe A chegava cedo no clube, pra jogar basquete antes do treino. E nosso time de basquete da natação era melhor que o time de basquete do clube. O treinador do Saldanha na época, Pinheiro Neto ( Zé Maria ), já falecido, convidava insistentemente a todos nós para jogarmos basquete. E a gente não aceitava.
Porque éramos todos da Natação.
E a água era gelada.


E existia Campeonato Santista de Natação, acreditem.
Participavam o Saldanha, o Vasco, O Regatas Santista ( todos mortos ), o Internacional, o Santa Cecilia, o Tumiarú, o Atlético Santista ( morto também ).
E existiam quatro ou cinco Torneios Preparação Regionais durante o ano.
E a competição era intensa.
E a água era SEMPRE gelada.

A primeira vez que fiz abaixo de 1 minuto no 100livre na minha vida foi com 14 anos. Na água gelada. Até os meus 18 anos ainda baixei mais 6 segundos do minuto. Hoje não pegaria nem final D em um campeonato com 54 segundos. Na minha época eu seria o melhor se não fossem todos os outros.
Paulo fazia 51, Dutra 52. Eu, 54.
Tudo na água gelada.

E depois das competições, ficávamos todos no clube. Normalmente as competições aconteciam nos clubes da Ponta da Praia. Quando era no Inter ou no Vasco, jogávamos "contra".
E todo mundo saía arrebentado do futebol.
Todos ralados.
E na segunda já estávamos lá , na piscina gelada, para mais uma semana de treinos.
Na água gelada.





E tinham os amistosos contra outros clubes em outras cidades.
E tinham as viagens para Panorama, divisa com o Mato Grosso, de trem, onde competíamos no Rio Paraná, com piranhas.
E tinham os campeonatos Paulista e Brasileiro, onde a galera caloura levava pasta dos veteranos.
E tinham os bailes de carnaval onde todos nos reuníamos na casa do Miguel Naveira para pular a noite inteira.
 
Hoje a grande maioria está por aqui. Somos todos amigos virtuais.
Naquela época éramos todos amigos reais.
Havia muita rivalidade entre os clubes. Mas éramos todos amigos.
Porque existiam também os Jogos Regionais.
Os Jogos Abertos.
As cidades não contratavam atletas. Éramos nós mesmos a defender as cores da nossa cidade.
Aquele casaco pesado azul com uma listra vermelha e outra branca e o nome SANTOS estampado nas costas.
Aquilo era a maior premiação de um atleta naqueles tempos.
Todos queriam competir Regionais e Abertos.
Eram em outras cidades, em outras piscinas.
Todas geladas.

Já próximo dos meus 20 anos, o Saldanha já não era mais o mesmo. Eu era praticamente o último da minha geração, porque todos que ainda nadavam ali tinham quatro ou cinco anos menos do que eu. Num fatídico desentendimento entre o clube e o treinador do Saldanha na época, todo mundo resolveu ir para o Santa Cecília.
Naquela época a água já era ( mais ou menos ) aquecida.

Ficamos no Saldanha eu ( que já treinava muito pouco ), o Dutra e a Renata Agondi. Depois não ficou ninguém.
Dutra e Renata eram namorados.
Perdemos a Renata para o mar que ela tanto amava.
E essa história todo mundo que nadou em Santos conhece, infelizmente.

Existem ainda outras muitas histórias que poderiam ser contadas por aqui. De nossos tantos carnavais que dormíamos na casa do Sr. Dutra, pai do Zé Ricardo, bem atrás do clube. Das sorvetadas, das viagens de amistosos em outras cidades, de todas as amizades.
Mas eu quis ser breve apenas para tentar fazer meus amigos daquele tempo voltarem um pouquinho ao passado e se sentirem vivos dentro desse relato.
Será que consegui ?

A foto que ilustra o "post" é da piscina do extinto Clube de Regatas Saldanha da Gama. Já não existe mais.
A modernidade não permite saudosismos exagerados.

Obrigado, Saldanha.



(continua logo mais quando a inspiração e a memória permitirem).

domingo, 3 de julho de 2016

ROBERTO RIVELINO - Cartão Vermelho para o senhor !


Roberto Rivelino, em sua versão "comentarista", é lastimável.
Uma vergonha.
Invariavelmente, quando munido de um microfone e com a boca aberta, exagera da capacidade que tem de "achar" as coisas.
Evidentemente, é referência entre os boleiros, quase todos, igualmente eles, incapazes de RECONHECEREM que existem universidades que TAMBÉM formam.
Eu costumo sempre afirmar que "as universidades formam, os Conselhos habilitam e a vida CAPACITA".
A vida, com Roberto Rivelino em sua versão "analista esportivo", tem sido ingrata.
Dono de um pensamento arcaico, retrógrado, ultrapassado, se alimenta da "moral" que tem por ter sido em seu tempo um jogador, ainda que acima da média, apenas mediano.
Nos dias de hoje, se fôssemos comparar, uma espécie de Robinho, um protagonista oportunista.
Deveria escolher estudar, ir conhecer um pouco do que a ciência do esporte tem feito pelo futebol.
Deveria esquecer o nome que tem, munir-se de um tanto de humildade e buscar um tanto mais de informações que não apenas as empíricas do seu tempo para comentar em programas esportivos.
Fez dupla com o não menos ignorante Narciso em um lamentável caso de infelicidade de pensamento na televisão, quando afirmaram que os profissionais da Educação Física atrapalham a evolução do futebol nas categorias de base.
Não obstante, essa categoria, a dos EX-JOGADORES de futebol, tentam ascender à categoria de profissionais da Educação Física buscando, através do ex-jogador e senador Romário, enfiar goela abaixo da sociedade via Senado Federal um Projeto de Lei que permita aos ex-jogadores atuarem como treinadores sem passarem pelos bancos universitários, como outros tantos que tentam trabalhar com a saúde o fazem, através das resoluções normativas do Conselho Federal de Educação Física.
Fazem parte dos típicos casos daqueles que vão perdendo audiência pelos absurdos que falam.


RESOLUÇÃO CONFEF nº 045/2002
Dispõe sobre o registro de não-graduados em Educação Física no Sistema CONFEF/CREFs.
O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, usando de suas atribuições legais e;
CONSIDERANDO, o que preceitua o inciso XXXVI, do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de Outubro de 1988;

CONSIDERANDO, os termos do inciso III, do art. 2º, da Lei nº 9696/98, 1º de Setembro de 1998;
CONSIDERANDO, a atual conjuntura, as experiências e as vivências dos Conselhos Regionais de Educação Física;
CONSIDERANDO, o que decidiu o Plenário do Conselho Federal de Educação Física, de 01 de Fevereiro de 2002;
RESOLVE:
Art.1º - O requerimento de inscrição dos não graduados em curso superior de Educação Física, perante os Conselhos Regionais de Educação Física - CREFs, em categoria PROVISIONADO, far-se-á mediante o cumprimento integral e observância dos requisitos solicitados.
Art. 2º - Deverá o requerente apresentar comprovação oficial da atividade exercida, até a data do início da vigência da Lei nº 9696/98, ocorrida com a publicação no Diário Oficial da União (DOU), em 02 de Setembro de 1998, por prazo não inferior a 03 (três) anos, sendo que, a comprovação do exercício, se fará por:
I - carteira de trabalho, devidamente assinada; ou,
II - contrato de trabalho, devidamente registrado em cartório; ou,
III - documento público oficial do exercício profissional; ou,
IV - outros que venham a ser estabelecidos pelo CONFEF.

Art. 3º - Deverá, também, o requerente, obrigatoriamente, indicar uma atividade principal, própria de Profissional de Educação Física, com a identificação explícita da modalidade e especificidade. 

... segue .. !!

sábado, 2 de julho de 2016

CATARINA GANZELI no SporTV

Teremos uma santista entre o time de comentaristas exclusivos do SporTV nas Olimpíadas.
A nadadora especializada em águas abertas, que defende a Universidade Santa Cecília comentará os 5 e 10 kms onde teremos Alan do Carmo, Polyana Okimoto e Ana Marcela defendendo as cores brasileiras.
Essa menina sabe muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito de natação !!
Parabéns, amiga !!
Vou ficar ligado .... !


A MORTE DE FERNANDA GUTILLA

Andam brincando demais com essa tal de "reposição hormonal", onde o principal componente não é, DE FATO, a SAÚDE do paciente.
Muito cuidado, meus amigos.
Muito cuidado.
Nenhum resultado e mídia podem justificar esse tipo de coisa.


Reposição DE FATO para tratamento de possíveis déficits hormonais com acompanhamento médico não há o que se contestar.
Mas utilizar desse argumento para AUMENTAR PERFORMANCE de atletas de quaisquer modalidades esportivas é CRIME !



foto retirada de sua página pessoal no Facebook 

PUBLICAÇÃO DO "FAMOSOS" DO SITE GLOBO.COM

Os fãs da musa fitness Fernanda Guttila, de 31 anos, foram pegos de surpresa com a notícia de sua morte, notíciada pela equipe e pela irmã da atleta nesta sexta-feira, 01, nas redes sociais.
Fernanda foi campeã brasileira e mundial de fisiculturismo, estava internada há 20 dias  em São Paulo com um quadro de tromboembolismo pulmonar que evoluiu para uma pneumonia. Nesta madrugada, ela teve uma parada cardíaca e morreu no hospital Monemagno. O corpo da atleta será enterrado ainda nesta sexta-feira, 01, no cemitério Quarta Parada, em São Paulo. As informações foram divulgadas pelo namorado de Fernanda, o fisiculturista Vinícius Piffardini.
"Nunca imaginei que um dia daria uma notícia dessas. A vida realmente é uma caixinha de surpresas. Nesta madrugada minha namorada e companheira @fernanda_gutilla veio a nos deixar. Ela não merecia isso. Espero que Deus nos ajude a superar essa tremenda perda e confortar nossos corações", escreveu o atleta.

Suplementos podem causar de tromboembolismo
Fernanda foi internada com tromboembolismo pulmonar, um quadro grave que ocorre quando um coágulo localizado em uma das veias das pernas ou da pelve se solta, viaja pelo organismo e se aloja em uma das artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue.
Uma das causas da doença é o uso de suplementos de estrogênio, que são encontrados em pílulas anticoncepcionais e na terapia de reposição de hormônios.

Musa reclamou de problemas de saúde
No começo de junho, Fernanda já havia se queixado de problemas de saúde nas redes sociais. Ela chegou a dizer que iria competir mesmo se não estivesse bem. 
"Sei que vocês gostam de acompanhar a evolucao dos atletas e sua rotina, por isso direi aqui a minha situação. Estou muito triste, tive pneumonia e ainda estou sofrendo as consequências, muita tosse, falta de ar, dor de cabeça. Estou há vários dias sem treinar, indo direto ao hospital, tentando manter o máximo possível da dieta e descansar. Vou competir em julho, estando bem ou não. Não sei até onde meu físico será prejudicado pela falta de treino, provavelmente estou em processo catabólico além de não ter quase nenhum gasto calórico dificultando meu "cutting". Que fase! Justo no meu PRO Début. Mas enfim, tenho que cuidar da minha saúde agora, que isso é o mais importante. Rezem por mim, para desaparecer essa zica", escreveu na época.

Há uma semana, Fernanda postou uma foto e no hospital e sua irmã, Flávia, pediu orações pois o estado de saúde da musa era delicado. "Vim pedir pra que rezem muito por ela. Ela precisa de toda energia positiva nesse momento. Não posso falar sobre o quadro. Mas por favor, rezem, peçam a Deus ou para quem vocês acreditam", escreveu.
Já nesta quarta, ela deu a notícia da morte da irmã e fez uma homenagem.  "Hoje o dia amanheceu muito triste. A ficha ainda não caiu e eu não estou sabendo lidar. Hoje Deus quis que ela terminasse sua missão na terra. Sua passagem foi rápida demais, mas foi brilhante. Você foi guerreira. Você lutou. Você conseguiu chegar onde queria enquanto esteve aqui. Todos sabem o quanto parecíamos gato e rato. Mas a verdade é que a gente sempre se amou e sempre quis o bem uma da outra. E que a gnt esteve sempre juntas quando precisou. Uma segura a bronca da outra, sempre. E agora eu to aqui, segurando essa bronca sozinha porque você me deixou. Mas eu não desisto não, eu vou cuidar do papai e da mamãe! Enquanto isso, você receba muita luz onde você estive e continue seu caminho aí do outro lado! Você vai sempre ser a minha mais velha. Aquela que me defendia no colégio. Aquela que me zuava até eu perder as estribeiras. Força daí que a gente cria força daqui. Fica com Deus", escreveu.

jornalista Laís Gomes

sexta-feira, 1 de julho de 2016

EDUCATIVOS DE NATAÇÃO


Um vídeo de técnicas simples do nado crawl que podem fazer com que você evolua sua interação com o meio aquático, entendendo que quanto mais solto estiver o corpo sobre a água mais fácil será o seu deslocamento.


Técnica : nadar 25 metros relaxadamente, retornar 25 metros realizando pegada dupla, nadar 25 metros apenas com o braço esquerdo, retornar 25 metros com o braço direito (100 metros) + 100 metros perna crawl.
Realizar 2000 metros nessa técnica !!

Perceba que as técnicas de evolução da fase aquática do nado para a fase aérea ( recuperação da braçada ) dependem da rotação independente dos ombros e sem os auxílios isométricos dos braços.
É necessário que os braços estejam soltos e que os mesmos rotacionem sobre os ombros evitando que ocorram deslizes ou arrastos dos braços sobre a água, tornando o nado desequilibrado e ineficiente. 

No vídeo realizei as técnicas com a utilização de palmares que favorecem a estabilidade do tronco durante o nado, mas as mesmas podem ser realizadas sem o uso desse equipamento.
Para nadadores iniciantes e com necessidades de aperfeiçoamento das técnicas de nado sugiro realizarem distâncias menores e utilizando os palmares.

Bons treinos.



SENNA GIGANTE E ETERNO !!

" DEPENDE "

Texto do coach Júnior Cordella, do Rio de Janeiro, muito apropriado.
Ou o atleta confia no treinador ou nunca chegará aos resultados que deseja.
Comparar planilha é coisa de quem precisa evoluir primeiro no aspecto comportamental para depois buscar resultados no esporte.
Parabéns pelo texto, irmão!!

Aqui o espaço é dos amigos !!

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Em treinamento, nós temos os conceitos, a prática, o feedback e o atleta (e nem estou falando do planejado e do realizado).
Este último citado - ATLETA - é o principal nessa engrenagem que precisa funcionar harmoniosamente.


Você pode ter o melhor planejamento, entender bastante sobre conceitos e aplicabilidade, mas você precisa entender como o atleta evolui, quais suas fraquezas e seus pontos fortes. Entender isto, através de um contato continuo, observação, análise de dados dos treinos e a própria percepção do mesmo, em relação ao planejado, significa que as chances de sucesso serão maiores. 


" Fulano fez 2 treinos de 180km pro IRONMAN, eu só fiz um ". 
" Ciclano chegou a 34km de corrida e fez 5 longos acima de 30k, eu só fiz um de 30km ".
Para cada caso, uma necessidade diferente. 

Atletas possuem diferentes níveis, tempo de treinamento, BAGAGEM.
Independentemente de 5 longos acima de 30 ou 1 somente, o que conta, além da individualidade biológica, é a BAGAGEM do atleta. E de nada adianta realizar 5 longos , se não tivermos QUALIDADE.


Quando temos feedbacks positivos, análises positivas de evolução de uma atleta iniciante, por exemplo, podemos seguir em frente no planejamento, reajustando cargas pré definidas, pois constatamos que o planejado está saindo melhor que o esperado. 


E o mesmo acontece, quando o realizado não vem ocorrendo conforme planejado. É necessário ajustar o planejamento de forma individualizada.
Portanto, DEPENDE. 

Planejamento não é receita de bolo e, por esta razão, planejamento de internet, daqueles que vc encontra em alguns lugares, pode até te dar uma ideia de como funciona, em linhas gerais. 
Mas a individualização, essa sim, é necessário que um profissional especializado acompanhe sua evolução e ajuste semanalmente o que não estiver dando certo.
 

( Junior Cordella ).

O professor Junior Cordella ( o da direita na foto ) é carioca, dono da Cordella Team, formado pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é Técnico nível II da Confederação Brasileira de Triathlon, Coach nível 1 pela International Triathlon Union e Ironman Certified Coach, além de amigo do blogueiro.

E um "viva" para o tal jeitinho brasileiro !!




Não é a toa que eu sou fã de Lauter Nogueira. Por falar as verdades, doa a quem doer.
Um dia, la atrás, me acusaram de falastrão quando eu afirmei que a defesa do Cielo era uma farsa.
Hoje eu vejo que não estava sozinho e errado.


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Alto lá! 
Estratégia de defesa? 
Como assim? 
Agora a vergonha que acontece no Congresso e no Senado migra para o esporte? 
E às vésperas dos Jogos do Rio? 
Não existe isso de estratégia de defesa: quando um atleta é flagrado no doping, a confederação de seu esporte deve trabalhar para que o julgamento seja limpo e a punição exemplar. 
Punto, Basta!!! 
Chega de advogados que buscam brechas, que empurram o limiar do que é lícito. Chega do "pra salvar a pátria", isso é nojento demais para ser degustado antes do almoço! 
Grandes barbaridades e crimes são tramados e cometidos em nome de nossa pobre "patriazinha", como diria Vinícius. 
A bandeira Olímpica deve pairar acima das cifras e bandeiras dos cartões de crédito e de contas escusas em purgatórios fiscais. 
Periga, se o COI for realmente sério, da natação brasileira ficar de fora dos Jogos em casa, por conta de "preparação de defesa". 
E isso serve também para o atletismo, e todo esporte que se valha da velha conduta de nossos velhacos políticos: preparar a defesa do que é indefensável!

( Lauter Nogueira )